Eliseu passava por Suném, onde havia uma mulher rica. Quando lá passava, entrava para comer. Em certa ocasião, ela disse a seu marido: Vejo que esse que passa por nós é santo homem de Deus. Façamos-lhe um pequeno quarto no terraço. Quando vier a nós, ali se recolherá. Certo dia, Eliseu veio e se recolheu no quarto e disse a Geazi "chama a Sunamita". Quando ela veio, ele disse a Geazi, "dize-lhe: Tu tens nos tratado com todo o desvelo. Agora dize o que podemos fazer por ti?" Ela respondeu: eu habito no meio do meu povo. Ela estava dizendo: Eu não preciso de nada.
Mas o profeta disse a Geazi: O que se há de fazer por ela? Geazi disse: Ela não tem filho e seu marido é velho. Então Eliseu mandou chamá-la e disse: Daqui um ano abraçarás um filho. Ela concebeu e teve um filho. Tendo ele crescido, um dia estava no campo com o pai e disse: Ai minha cabeça, ai minha cabeça! O pai manda que o levem à sua mãe. Ela o toma no colo e fica com ele, mas ao meio-dia, o menino morre. Ela o leva e o coloca na cama do homem de Deus, fechou a porta e saiu. Manda chamar seu marido e pede um moço e uma jumenta para ir ao homem de Deus. O marido pergunta: Por que vais a ele hoje? Vai tudo bem? Disse ela: Vai tudo bem! Ela vai encontra o profeta, conta-lhe o que aconteceu e este vem com ela até o quarto onde o menino está morto. Eliseu deita-se sobre o menino duas vezes. O menino espirra sete vezes e abriu os olhos. O profeta manda chamar a mãe e diz: toma o menino. Ela entrou, prostrou-se a seus pés, tomou o menino e saiu (II Reis 4.8-37).
Podemos aprender algumas coisas com essa família: Ela teve a visão que Eliseu era um santo homem de Deus. Tinham um coração aberto para hospedar. Constroem o quarto para o conforto do profeta. Não fazem nada esperando recompensa. O marido ouvia sua esposa. Ao enviar o filho doente à mãe, ele tinha segurança de que ela poderia cuidar da situação. Havia unidade e confiança entre o casal. Embora o problema aos olhos humanos não tivesse solução. Ela mantém a calma e não diz nada a seu marido, para não preocupá-lo. Procura ajuda do profeta, sabia que ele era a pessoa certa para resolver aquela situação. E assim, a vitória vem.
Como temos agido diante dos problemas que nos sobrevêm? Essa família agiu em unidade e confiança e procuraram a ajuda daquele que podia lhes dar a solução. Ao dizer vai tudo bem, aquela mulher mostrou uma atitude de fé, que precisamos ter. Que, como família, possamos agir da mesma maneira, procurando em Deus e em seus profetas a ajuda necessária para obtermos a vitória em nossas dificuldades.
E com você, vai tudo bem?
Solimar Coelho é colunista do caderno Voz de Mulher